Por Francisco Filho – Folha Serrana TV
No sertão do Ceará, onde o sol castiga a terra mas fortalece o povo, nasceu José Uilsom Magalhães — homem simples de fala mansa e sabedoria aflorada, simplicidade e profunda ligação com a sua terra: Iracema, no Vale do Jaguaribe.
Desde jovem, demonstrava interesse pela história local, pelas raízes da sua gente e pela identidade nordestina. Incentivado pela família e professores, mergulhou nos livros e nas narrativas orais dos mais antigos, tornando-se um pesquisador incansável das origens de Iracema e de suas comunidades rurais, como os Bastiões, foz, bahia solidade, e outras tantas.
Ao longo dos anos, José Uilsom consolidou-se como guardião da memória iracemense, colecionando registros, fotografias, documentos raros e depoimentos valiosos. Publicou diversos trabalhos e é fonte obrigatória para quem deseja conhecer a verdadeira história da região.
Mas sua contribuição à cidade não parou por aí.
Mais que um cidadão ilustre, ele é símbolo de resistência, história e dignidade. Foi vice-prefeito, historiador dedicado, educador apaixonado e, sobretudo, um dos grandes exportadores de algodão quando Iracema ainda era conhecida como a Cidade do Ouro Branco.
🌾 OS DIAS DE OURO BRANCO
Durante décadas, Iracema viveu da força do algodão. Era o tempo em que as terras cearenses rendiam o chamado “ouro branco”, movimentando a economia, dando sustento a milhares de famílias e colocando a cidade entre as grandes produtoras do Nordeste. José Uilsom viveu esse auge como produtor e exportador, sendo responsável por enviar algodão de qualidade para fora do estado.
As plantações tingiam o horizonte de branco. Era fartura, esperança e futuro. Mas tudo mudou com a chegada de um inimigo invisível: o bicudo-do-algodoeiro.
🐛 O BICUDO E A QUEDA DA PRODUÇÃO
A praga se espalhou pelas lavouras, dizimando colheitas inteiras e colocando fim ao ciclo do algodão em Iracema. O que antes era riqueza se transformou em incerteza. José Uilsom testemunhou tudo, mas não recuou. Reergueu-se e passou a lutar com outras armas: o conhecimento e a cultura.
🏛️ VIDA PÚBLICA E EDUCAÇÃO
Como vice-prefeito, atuou com responsabilidade, serenidade e amor ao povo. Sua gestão foi marcada pelo respeito aos mais humildes, pelo incentivo à cultura local e pela defesa das tradições do interior.
Na sala de aula, como professor e historiador, formou gerações e preservou memórias. Catalogou nomes, datas, fotos e causos que compõem a alma da cidade de Iracema. Suas palavras ecoam como documentos vivos da nossa história.
📚 GUARDIÃO DA HISTÓRIA
Com sensibilidade rara, José Uilsom Magalhães sempre compreendeu que a memória é um patrimônio que não pode ser perdido. Por isso, dedicou sua vida a manter acesa a chama da identidade local — das festas, dos vaqueiros, das escolas, das famílias e da luta do povo sertanejo.
🕊️ UM LEGADO QUE RESISTE AO TEMPO
Mesmo longe da política ativa, permanece como referência moral, cultural e histórica em Iracema. Onde há uma roda de conversa, há sempre alguém dizendo:
"Pergunta ao Uilsom, ele sabe!"
📌 FRASE MARCANTE:
"O algodão se foi, mas a fibra do nosso povo continua. A memória é a semente do que ainda podemos colher."
– José Uilsom Magalhães
📺 Reportagem especial de:
🎙️ Francisco Filho – Repórter do povo
📡 Folha Serrana TV – Um canal a serviço da memória e do nosso povo!
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