
No interior do Ceará, entre serras, sítios e comunidades rurais, a Casa de Farinha continua sendo um símbolo vivo da resistência cultural e da união entre famílias. Mais que um espaço de produção, ela representa história, suor e celebração da vida simples, onde a farinha de mandioca é feita com amor e trabalho coletivo. Nesse dia 10 de Agosto de 2025 no sítio mangueira de vando inácio e família o sr. José de António um agricultor nato dessa região, dará inicio ao resgate uma antiga cultura que era motivo de sobrevivência e alegria de muitas famílias nessa serra. ele vai fazer uma farinhada com cerca de duas arrancas de mandioca.
A farinhada é muito mais do que o simples processo de transformar mandioca em farinha. Ela envolve várias etapas — desde a colheita, a raspagem, a prensagem, a torração — até o momento final em que o cheiro da farinha quente toma conta do ar, anunciando que o alimento está pronto. Cada passo tem seu valor e carrega gerações de saberes populares.
Nas comunidades cearenses, principalmente nos meses de colheita, é comum ver famílias inteiras reunidas nas casas de farinha. É o momento de reencontro, de partilha, de histórias ao pé do forno e de solidariedade. Enquanto uns raspam a mandioca, outros colocam a conversa em dia ou preparam o café com tapioca. É nesse ambiente que a cultura do povo nordestino se fortalece.
Outro destaque da farinhada é a comida típica feita com a própria mandioca: bolo pé-de-moleque, beijus, goma fresca e até o “puba”, uma iguaria tradicional feita da fermentação da mandioca. Tudo isso acompanhado por muita música e alegria, que transformam a rotina em festa.
Apesar dos avanços tecnológicos e das mudanças no campo, muitas comunidades ainda mantêm suas casas de farinha funcionando com os métodos tradicionais, muitas vezes de forma artesanal e coletiva. São verdadeiros patrimônios vivos da cultura nordestina, onde o passado e o presente caminham lado a lado.
A equipe do Folha Serrana TV, em suas andanças pelo sertão, continua registrando essas histórias, valorizando a identidade do povo e dando voz a quem preserva nossas raízes.
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